terça-feira, 9 de junho de 2009

Correio Fordista

Rio de Janeiro, Nove de Junho de 2009.

Sobre pombos e o Pentágono
Sim, aquela praga que ninguém agüenta mais. Os pombos, não o colégio.

Desde quando entrei no Colégio Pentágono, isso foi no ano de 2003, eu ouvi histórias sobre o colégio, lendas, por assim dizer. Ouvi sobre Iejejara, sobre quando o grêmio do colégio comprou um fusquinha, conheci o Jardim dos Duendes, li sobre a história da greve dos alunos de 93, sobre quando não tinha uniforme, tive aula com professores que deram aula a outros professores, enfim, várias coisas que fizeram história no Pentágono.

Existem também histórias menos contadas, que são mais conhecidas apenas por quem estudou em determinada turma, ou em determinado ano. No ano de 2004, eu estava na sexta série, atiraram, na minha turma, um elástico na professora de história (Andrea). Ano passado, por exemplo, aconteceu na tec-jr de certa lista (cheia de ofensas e gracinhas) tirar o professor Reinaldo do sério, a ponto de ele jogar com raiva (ou nem tanto) a lista no ar. Ano passado, na turma IME, os alunos, toda aula de português, saíam de sala para ir ao banheiro, e conta-se que um dia o Alberto saiu de sala dizendo que ia ao banheiro e não voltou mais. Essas duas últimas histórias eu ouvi por alto, e posso estar contando de forma errada.

Em segundo plano, existem alunos que fazem fama temporária, e alunos anônimos ou não que são relembrados pelos professores, a exemplo do Ramsés e do Fabinho, grandes figuras, e do Bruce, que no dia de hoje se envolveu num incidente com um pombo.

Os pombos sempre causaram problemas no pentágono, pelo menos desde quando eu comecei a estudar lá. Muitos alunos já foram cagados por eles, eu mesmo me lembro de pelo menos duas vezes que eu fui vítima dos “ataques”. Descobri hoje que, segundo um aluno, três pombos foram mortos ontem (8/6/09). Em sete anos de pentágono é a primeira vez que eu ouço falar da morte de pombos, e logo três de uma vez, o que me leva a pensar sobre a causa dessa estranha coincidência. O professor Valmir, após confessar que já teve vontade de ele próprio fazer isso, comentou a possibilidade dos pombos estarem sendo envenenados por chumbinho. Hoje, talvez não por coincidência, mais um pombo foi encontrado debilitado. O aluno Carlos Alberto (Bruce) estava lá, e seus amigos tentaram o convencer a pegar o pombo com as próprias mãos e levar para a enfermaria. Coisa que não aconteceu. Existe também a possibilidade de este pombo não estar relacionado com as mortes de ontem. Veja fotos abaixo, tiradas por um fotógrafo amador.





Sobre o livro da Folha Dirigida
ou desculpa para me gabar e por uma poesia nova no blog

Todo ano o Colégio Pentágono prestigia os alunos com os melhores textos. Não, os alunos não ganham pontos com isso, mas pelo menos tem a chance de massagear o ego dando autógrafos para o pai, mãe, vovó e vovô de outros alunos. Não me entendam mal, eu vejo não ganhar pontos como uma coisa positiva, assim os alunos que vão pro livro são os alunos que realmente tentam ter uma produção de texto boa, ou que já são talentosos naturalmente. Caso valesse alguma nota, as pessoas decerto fariam mais textos, mas a qualidade talvez diminuísse.

Quando eu fui para o livro, confesso que foi a primeira opção. Foi com a minha primeira poesia, mas eu quando comecei a poesiar foi com o intuito de ser bom o suficiente para um dia, quem sabe, poder compor uma música. Esse sonho ainda me parece distante, e a poesia não tem me ajudado nem na arte da conquista. A vida não é Alevon, enfim, não importa.

Cortando o papo egocêntrico um pouco, os textos poéticos do livro, que confesso são os únicos que eu costumo ler, são muito interessantes. Talvez eu me sinta desestimulado a ler as dissertações por não conseguir fazer uma criativa o suficiente, e ficar com inveja dos alunos que conseguem, não sei dizer exatamente. Ok, não consigo deixar de ser egocêntrico, maldito seja aquário.

Bom, enfim, escrevi esse segundo texto para dar uma desculpa para por uma poesia nova no blog, que é a poesia que o Alberto disse que pode, eu disse pode, entrar no livro desse ano, Qualquer coisa sobre idealização.

Qualquer coisa sobre idealização

Chove fino lá fora,
chove frio aqui dentro;
piso as ruas
e nestas ruas,
em cada poça, peça:
Teus olhos nesta,
tua boca naquela...
Minha melissa,
como te chamam?
Seja como for...
O verde dos teus olhos cor de noite,
os áureos cachos do teu liso negro
ou o branco da tua pele morena de sol.
Tudo e tudo em ti.
Perfeita, com tudo que te afasta do ideal
e que te traz pra mim.
Ormai não me importa se não te chamas Melissa,
em nada mudaria se fosses Clarissa ou Larissa.

Enfim, ORMAI quer dizer doravante, que quer dizer de agora em diante, em italiano. Confesse que é mais bonito que doravante, vai, confessa.

Um comentário:

Letícia disse...

Confesso.
Não acho que aquelas pessoas sejam amigas do Bruce. E quem não garante que não seja o Bruce envenenando os pombos? Hã? Hã? Pensou nessa hipótese? HAHÁ
Não, o Bruce é bonzinho, tadinho.
Enfim.
Não invente de trocar de carreira de novo e agora fazer CS, Cristiano. Isso me causaria problemas por aumentar minha concorrência.
E eu nem sei quem é esse fotógrafo amador ¬¬

Ano re-retrasado fui pro livro e nem sei se foi legal. Não é o reconhecimento que quero.

Beijo