segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Fordismo Poético

Rio de Janeiro, dezessete de Agosto de 2009.

O Pêndulo
Ou Sobre como foi não ter férias porque estava preso num hospital

Gostei de fazer os posts no Word, fica mais bonito assim. Bom, faz mais de um mês desde a última postagem, mas como eu escrevo pra poucos fantasmas nunca faz diferença mesmo shsuAHSUHSU – De qualquer forma, eu tenho uma desculpa, eu estava internado depois de ter pego uma infecção hospitalar braba que me deixou igual a um boneco de Olinda roxo, todo inchado, e me rendeu uma cicatriz no rosto.

Ficar no hospital é meio monótono, especialmente quando eu estava no CTI, mas eu recebi várias visitas, o que ajuda bastante. No CTI me visitaram Adolpho, Henrique, a mãe do Adolpho e a Julianna. No quarto me visitaram a Letícia, o Zé, o índio, o Geraldo e o Jivago. Espero não ter esquecido ninguém, muito obrigado pelas visitas hsUASHUAHS. Agradeço também aos médicos, especialmente ao doutor João, que me operou as duas vezes e me acompanhou durante toda a recuperação, às minhas tias e aos outros familiares que me apoiaram e visitaram o tempo todo, aos professores Velosa, Monique e Katia Carlos, que me ligaram e à equipe do hospital, que foi excelente.

Quando se fica três semanas no hospital, além de ficar com as pernas fracas pelo desuso, você começa a dar valor às coisas pequenas. Comer, ir ao banheiro e tomar banho sozinho era tudo que eu queria quando eu tava no CTI. Saindo do hospital, rever a rua foi uma experiência maravilhosa. Rever a paisagem da minha janela é muito bom. Melhor ainda vai ser quando eu voltar a ir pro colégio. Se dá valor demais às coisas erradas, sabe?

Pensando nisso, escrevi uma poesia ontem mesmo, então ela está fresquinha para ser postada:

O pêndulo

A vida é um pêndulo

Subindo, descendo

Altos, baixos

Às vezes o alto é tão alto

Que é um baixo em si

Às vezes o baixo é tão baixo

Que é um alto em si

Quando a vida está por um fio

É que se aprende muita coisa

Muitos valores se recuperam

Quanto vale um raio de sol?

Quanto vale um sorriso?

Quanto vale um passeio?

Quanto vale um carinho?

Quando o pêndulo está lá em cima,

Se dá muito valor às coisas erradas.

Muito valor demais.

Mas aí vem o pêndulo da vida

E te abre os olhos, fechando-os

E te abre a mente, desligando-a

E te cobre de um manto incomum

E te mostra a Verdade

Muito obrigado a todos, espero que tenham gostado da poesia, e até a próxima!

2 comentários:

Rafa disse...

eu entendo como é isso.
não passei por nada igual nesses dias, mas por coisas que também me fizeram dar valor às pequenas coisas da vida ^^

beijo!

Jéssica Soares disse...

Adorei a poesia, e com certeza é uma boa lição, a vida te ensina cada coisa, principalmente quando se esta numa cama de hospital, gostei de sua poesia, reflete o que realmente acontece conosco nestes momentos. Até a proxima, e melhoras. Abraços!